Quando cai a noite na cidade...

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Há imagens que valem mais que mil palavras... Mas também há hiperlinks que valem mais que mil posts no "Magic".

Deixo, no entanto, a imagem do dia... Ou da noite... Deliciosa...
Ups! Não tinha fotográfica comigo, tive de registar o momento com um piscar de pestaninhas (por falar em Pestaninhas, foi um encanto vê-la com um make over fantástico :):
Início de Madrugada em Nau Vitória. Faróis, penumbra, sombras, gatos, portas fechadas e silêncio da noite. Quem passa? Só quem já nem tem nome. Barba que não vê lâminas há meses, pele de quem já nem sabe a que sabe sentir a água a escorrer. Hora de preparar as fortalezas para resistir a mais uma vigília nocturna. Encontrar madeira pelas ruas da Cidade para fazer uma fogueira em dias húmidos, não é desafio para qualquer cidadão... Mas este lá ia com um semblante empreendedor e duas belas tábuas secas como um Parisiense que transporta o seu pãozinho matinal... E porque não transportava o alimento da sua fonte de calor nas mãos? Porque tinha tarefa mais delicada para lhes atribuir... Um ramo de flores brancas. Caramba... Onde foi buscar tal encanto? Não é fácil. Não é fácil é reparar-se nas belezas citadinas quando a vida parece não nos sorrir. Reparei na frondosa espécie florida (me perdoe a anita por não saber o nome) uns míseros metros à frente. Passo por ela todos os dias e ainda não a tinha contemplado. A mim, que a vida sorri de manhã à noite. Não dei pelas flores que o Sujeito de Barba trazia como quem acaba de encontrar uma nota no bolso de um casaco do Inverno passado. A Felicidade está decididamente na alma.
Para quem as levaria?...